quarta-feira, 27 de maio de 2009

"We won't forget you!"


Sol de 40º no mínimo no Estádio do Morumbi.
Mas ela suportou cada momento, e até fez novas amigas.
O sol já tinha se escondido por detrás dos prédios quando ela entrou no palco. Foi uma gritaria só. Flashs e mais flashs explodiam numa bomba de luzes brancas e as pulseiras de neon e os bastões coloridos e brilhantes davam à arquibancada um ar de uma festa de fadas. E então, em "Don't Forget", ela chorou. E emocionou todos que estavam ao redor dela, sem excessão. E a abertura acabou assim, completamente emocionante, arrancando lágrimas de todos.
E então eles apareceram. Mais reais do que a garota sempre imaginara, mais lindos, e mais talentosos do que ela sempre os julgou. Os três atraíam sua atenção mais do qualquer coisa, e ela só tinha olhos para aquilo, e para mais nada. E então, "A Little Bit Longer" arrancou lágrimas do primeiro Jonas. "When You Look Me In The Eyes", arrancou lágrimas do segundo. E "S.O.S" arrancou lágrimas do terceiro. Logo, todos estavam chorando, e se despedindo.
A garota gritou com eles, cantou com eles, chorou com eles, e principalmente, disse a si mesma: "Hold On". Hold on, aguente firme... Siga em frente, continue. Há mais na vida do que apenas viver.
E, ao final do show a garota ficou imóvel, parou onde estava, limpou suas lágrimas e saiu, meio viva, meio anestesiada. E fora o melhor dia da vida dela. Novas amizades, fortes emoções... Morumbi foipequeno pra tudo isso.

E eles cantaram a minha vida naquele palco. - Jonas Brothers World Tour, May 24.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Segundo sol;

O céu das sete se revelava negro como breu, e o vento atingia suas costas enquanto ela lia, distraída, de costas para a janela. Ela não queria olhar para o céu. E nem podia.
Anseava pela casa vazia, quando ela poderia desabafar consigo mesma, chorar e cantar sem que ninguém implicasse com ela por isso. Mas a casa nunca estava vazia quando ela realmente precisava que estivesse, e isso era deprimente. Parecia então que as coisas nunca aconteciam do jeito que ela queria. Egoísta.
Foi então que aconteceu.
Mais que de repente, o clarão inundou todo o quarto, e ela se viu imesa numa paz que nem ela mesma sabia explicar. Logo ela, que sempre esteve a frente de seu tempo, que sempre fora tão inteligente e cheia até a boca de milhões de teorias que só estavam esperando um momento para borbulhar fervorosamente para fora.
O quê ela viu? O quê ela sentiu?
É segredo.

"Eu só queria te contar que eu fui lá fora e vi dois sóis e a vida que ardia sem explicação..."

terça-feira, 19 de maio de 2009

Mal do Século

O mais calmo dos homens grita
O mais feliz dos homens chora
E o mais completo dos homens
Está incompleto.
Lá fora o tédio aflora
Nas vozes do desespero encoberto

Bem vindos de volta
Eu sou o mal do século!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Presença

E dessa vez eu não falo pra ninguém.
O que é meu é meu, e é segredo. O que sinto só eu sinto e eu não preciso contar pra alguém, não vai ajudar em nada. Cabeça confusa, coração doente. Procurando ver o mundo através das paredes destruídas de uma retina desgastada de tanto enxergar além e mais longe, de tanto presenciar as mais vis coisas que alguém poderia ver.


"Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer..."

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Um desejo de ver a cor da estrada...

...e desaparecer.
Um desejo de ver a cor da estrada e desaparecer. Vontade gênia de arrumar as malas, colocar o violão nas costas e sumir. Destino? Pra quê destino? Tá soando mais como um escape, uma brexa, uma saída. Sinceramente, isso aqui tá me enxendo de tal forma que não vale mais a pena sequer fingir felicidade ou conformismo! Não pertenço a esse lugar, a esse mundo, a essa ÉPOCA; mas me matar... Pra quê? E fazer volume onde quer que a gente vá depois de "terminar" nossa missão na terra? Não, não, não. Prefiro ficar por aqui mesmo.


"Astronauta tá sentindo falta da Terra?
Que falta que essa Terra te faz?
A gente aqui embaixo continua em guerra
Olhando aí pra lua implorando por paz
Então me diz: por que que você quer voltar?
Você não tá feliz onde você está?
Observando tudo a distância
Vendo como a Terra é pequenininha
Como é grande a nossa ignorância"

domingo, 10 de maio de 2009

Tell me why...

...you're so hard to forget.
Então eu folheei todas as páginas do meu caderno, uma a uma. Li cada parágrafo, observei atentamente cada fotografia, e procurei em cada uma delas algum sinal de vida, algo que pudesse dar algum sentido a toda essa insanidade que passamos. Mas não deu.
Gostaria muito de saber quem é você, e pelo que está vivendo. Gostaria de saber se ainda lembra de alguma coisa que passou com muita gente que ainda se importa com você. Gostaria de olhar em seus olhos e então ver que ainda está aqui de alguma forma. Queria te contar tudo que tá acontecendo comigo, queria que visse que eu to bem, exatamente como você um dia desejou que eu ficasse.
Continuo no mesmo lugar onde eu estava antes, e ainda não faz nenhum sentido.
Eu estou feliz, mas você não está aqui pra ver isso.

"Você diz que precisa ir e se encontrar
Você diz que está se tornando outra pessoa
Que não reconhece o rosto que te encara no espelho"
- David Cook.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Living life your own,

and every sky was your own kind of blue.
Eu te imagino, eu te observo, e é sempre o além que te encontra. Seus olhos não são mais os mesmos para mim, e seus gestos - ah, seus gestos! - sinto que já não me pertencem mais. E o que posso fazer?
Dizer-te que sinto muito, que queria muito que tivesse andado, tivesse dado certo, mas nós pulamos etapas importantes. Nos conhecemos antes mesmo de errarmos tentando entender-nos, e os erros constroem uma relação. Hoje eu sei que nossa história aconteceu no tempo errado.
Mas não me arrependo, não mesmo.
Viveria os mesmos momentos tentando descobrir-te, e você tentando descobrir-me.
Então, observo-te, com os mesmos olhos de antes.
Só que bem mais claros dessa vez.

"Persiga-me, assuma a forma que quiser, enloqueça-me até! Mas não me deixe nesse abismo onde eu não posso encontrá-la! Oh, meu Deus, é impossível! Eu não posso viver sem a minha vida! Eu não posso viver sem a minha alma!"

terça-feira, 5 de maio de 2009

Who are you?

What do you living for?
Sabe, o céu de outono é uma coisa engraçada.
A gente olha, olha, todos os dias, todo o tempo, e ele NUNCA é igual a dois segundos atrás. Frustrante? Eu digo mutável, instável, variável... vulnerável!
Mutável por simplesmente mudar de muitas maneiras; instável por além de estar mudando, está em movimento - há! como se não bastasse!; variável porque tudo que conhecemos é vulnerável, até um simples toque, porque o céu não haveria de ser?; e vulnerável porque é tão facilmente destruído... Metaforicamente, é claro, mas quem poderá me dizer que literalmente não? Vulnerável até que se prove o contrário!
Pensando nisso, há algumas verdades que eu preciso dizer!É verdade que eu não tenho jeito, sou estabanada e totalmente de-lua. É verdade que gosto de ler e leio compulsivamente, tal razão porque escrevo. É verdade que sei bem o que quero da minha vida, mas não sei, e também é verdade que também tenho medo de estar sozinha. Mas é verdade que eu tenho saudade de muitas coisas, inclusive das coisas que nunca tive. E é verdade que posso sentir sua falta e desejar sua companhia. Mas é verdade que não preciso mais de você.
E te amo, é verdade.


"Quis te odiar, não pude. – Quis na terra
Encontrar outro amor. – Foi-me impossível.
Então bem disse a Deus que no meu peito
Pôs o germe cruel de um mal terrível.

Sinto que vou morrer! Posso, portanto,
A verdade dizer-te santa e nua:
Não quero mais o teu amor! Porém minh’alma
Aqui, além, mais longe, é sempre tua."

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Don't look back anger...

... I heard you say.
E meu vício em músicas que realmente dizem alguma coisa não passa! A única coisa que passou foi aquilo que me tirava o sono. Eu tô realmente bem, eu espero, mais renovada, me sinto mais viva, e acima de tudo mais feliz!
Fazia tempo que eu não me sentia assim, e não vejo motivos para o contrário... Só que simplesmente acontece. Bom, parece que hoje que não tem redação pra fazer, minha mãe não vai me deixar sozinha em casa e eu não vou conseguir fazer o que eu quero, parabéns pra mim!
Ao menos, amanhã tenho mais descontração!
E é no meio das exclamações, interrogações e entrelinhas que eu digo: eu amo você bem do jeito que você é!

domingo, 3 de maio de 2009

Você não me disse...

... uma só coisa que eu já não saiba.
Sinceramente, todas essas palavras, para mim, não significam absolutamente nada. Vindas ainda mais de quem você é, profanamente falando, eu não estou nem aí. Diga o que quiser sobre mim, mas você pode ver o que eu vejo? Você consegue realmente saber o que acontece a sua volta? Bem, a resposta é simples, e fugir dela será apenas se enganar e se esconder da verdade.
Mas a verdade é como a morte, você pode correr dela, mas ela sempre te encontra. E exatamente como a morte, a verdade é o único mal irremediável.
E eu sou muito paciente, eu espero Então, quando a verdade chegar, vai causar o impacto digno de reação nuclear.
E aí, bing-bang-bong.

There's no heaven waiting for you.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Anjo

Queria deleitar-me com tua beleza e encher de beijos tua face. Queria recitar-te belos poemas e encantar-me com tuas reações divinas e bem ensaiadas. Queria poder dizer-te tudo que sinto - e o que não sinto, que ficasse escondido todo esse tempo, esperando para sê-lo.
Mas ó, porque mentiste? E, por Deus!, porque acreditei em ti? Se tudo que me deste foi apenas promessas que se esvairam com o tempo, e palavras que viraram cinzas a teu simples toque. Encho agora meu peito para dizer-te o quanto te amei, e que não deveria, portanto, lamentar-me a tua ida, mas sim para gritar-te que ainda estou aqui, e estou viva.
Saibas, então, que tenho razão afinal de contas, e se agora você é amigo esquecido e amor abandonado, dê-me a tua outra face mais uma vez, para que me proves o quão certo julgas estar. Achei-me em meus temores, frios e motivos, um homem precisa perder-se para achar-se.
Queria somente que soubesses, ó anjo, que quando caíres do céu para outra pessoa, que não para mim, estejas pronto para outro destes textos, e outros tantos, até o dia que decidires cortar as asas e pousar em apenas um lugar. E se tua vida o trouxeres, depois de todos estes anos, de volta a minha porta da frente, saiba que eu o receberei com o encanto de uma rainha e os modos de doce esposa.
Enquanto isso, anjo, voa.