quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010 motivos para recomeçar




O primeiro deles, porque sobrevivi.
Estou aqui, viva, respirando, quase inteira, e revendo tudo que eu passei esse ano.
Tive o melhor dia da minha vida em um dia aí do mês de maio, renovei e destruí minhas esperanças diversas vezes e de várias maneiras diferentes, chorei em vários lugares diferentes, e por vários motivos.
Amei desesperadamente, mas também desprezei desesperadamente. Descobri que não importa onde você esteja, você sempre acha seu caminho de volta pra casa, de volta pra'quela que sempre esteve comigo. Descobri que 9 anos de amizade não são pra qualquer um, e que eu agradeço todos os dias por ter você comigo. Descobri que posso contar com qualquer um para uma risada, para um momento de idiotisse, e para um momento em que eu realmente preciso. Descobri que quando se perde um melhor amigo, isso pode te machucar, pode ser doloroso e você pode não esquecê-lo nunca, mas você ganha outro melhor amigo, talvez muito melhor, e que te poe pra cima quando você realmente precisa, que pode dizer muito ou não dizer nada, mas está lá. Descobri que um diretor, um teatro e um violão pode juntar duas pessoas iguais que, talvez por fora, fossem extremamente diferentes, e que uma pode ter influência direta sobre a outra. Descobri que brigar as vezes é importante, que as vezes você tem razão, as vezes não, mas você nunca se arrepende. Descobri que não posso ligar para o que os outros pensam, assim como quase ninguém liga para o que eu penso, já que muita gente que eu pensava ser infeliz, são muito felizes obrigada. Descobri que eu amo arco-íris. Descobri que eu amo você; tarde, mas descobri. Descobri que eu seguirei meu caminho de arco-íris porque amo você, e descobri que "mil acasos me levam a você".
Mas acima de tudo, descobri que estou bem. Descobri que sou feliz. E descobri que apesar de tudo, sobrevivi a 2009, e muito bem.
Descobri que cada lágrima valeu; que cada sorriso foi, afinal, verdadeiro; e cada vitória, um motivo pra recomeçar. Minhas esperanças estão aqui de novo, assim como estavam no final de 2008, porque a minha esperança é a última que morre.
E, se nada der certo, vou então descobrir que as esperanças continuarão aqui.
E muito obrigada a vocês aí em cima que me ajudaram a manter as esperanças intactas. Vocês salvaram uma vida.

5, 4, 3, 2, 1... Feliz Ano Novo.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Siga o Arco-Íris

Sempre imaginei aquelas histórias fantásticas que a heroína ia atrás do seu herói seguindo um arco-íris.
Era uma coisa mágica e única, e eu nunca imaginei que um dia eu seria impulsionada a fazer o mesmo.
Nem que seja um simples impulso, o fato dele existir já indica que estou mudando. O meu sentimento de "nunca vou achar alguém", armargurado e triste foi substituído por outro de "eu vou seguir o meu caminho até você", o que é uma mudança única, que vai ficar marcada pra sempre, que vai me trazer lembranças boas, e o final que teve há uma semana atrás? Não é um adeus, é apenas um "até logo".
Então eu vou arrumar minha mala com nada que eu precisarei de verdade, vou colocar meu violão nas costas e sair de cidade em cidade conhecendo gente nova e perguntando por você.
Até lá, viva por aí que eu viverei por aqui.
Só não me mate dentro de você, e por favor, não morra dentro de mim.
Não importa o quão longe, eu acharei meu caminho de volta a você, seguindo o arco-íris. - Rainbow; Colbie Caillat.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natalino

O nascimento de Jesus.
Aquele dia em que Maria deu a luz a um lindo menino que salvaria a todos nós, o dia em que uma estrela brilhou mais forte que todas as outras, e assim guiou os três Reis Magos até o presépio do menino Jesus. Um dia abençoado por muitas religiões, um dia sagrado.
Mas, o que pode haver de sagrado em um dia que, para mim, não tem você? Mais um dia entre todos aqueles que eu terei que aguentar até que o destino resolva colocar suas mãos sobre nós e conduzí-lo de volta a minha porta da frente.
E eu me pego perguntando a mim mesma se, nessa mesma hora que eu escrevo sobre você, poderia eu escrever com intensidade suficiente para ter o mínimo de impacto sobre você? Para que só um terço dos seus sentidos estejam cientes de que eu estou pensando em você.
Rezando para que dê certo, um Feliz Natal.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Breakout



Com o ano de 2009.
Com a escola, com a vida velha, a vida ferrada, com todas aquelas coisas que te machucam e que colocam pra baixo.
Breakout com os garotos e com toda a figura de mártir (palavra nova!) que eles representam nas nossas vidas. Breakout com a dor, com o sofrimento e com o estilo. Breakout com a cultura burgesa, com o preconceito, com a homofobia e com a corrupção no senado.
Breakout com os sonhos perdidos, as páginas em branco, as canetas que acabaram e as promessas no liquidificador.
E começar tudo de novo, de novo.
We'll gonna dance 'till dancefloor falls apart, and over again. 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Uma sacudidora de palavras, sem palavras.

Ela não tinha o menor ânimo de ir.
Levantou-se no horário de sempre, escovou os dentes, penteou os cabelos e lembrou-se dele. Tomou café-da-manhã, maquiou-se e lembrou-se dele. Sentou no sofá, ligou a televisão e lembrou-se dele.
Era como se cada momento de sua vida, cada ação, o trazia de volta às bordas. Mas mesmo quando ela tentava desesperadamente empurrá-lo de volta para baixo, para as lembranças que ela não queria lembrar, ele insistia em voltar, apoiando-se nas bordas feridas do seu próprio buraco. O seu próprio, no meio de inúmeros que já haviam sido feitos.
Foi como se tivesse entrado em um momento de transe, e quando tomou controle de si mesma novamente, já estava na escola. Encarando as paredes verdes. E as lembranças retornando pouco a pouco. Era incrível o poder daquele lugar, o quanto ele lhe fazia bem, e o quanto fazia mal.
Ela procurou seus olhos. Por várias vezes. E por várias vezes achou que não os encontraria. O que foi aquilo? Um misto de alívio e medo? Um coração acelerado? Eu não entendo.
Ele descia as escadas. E seus olhares finalmente se encontraram.
Apenas uns passos até ele, e ela não pensou duas vezes antes de jogar seus braços envolta do pescoço dele. A felicidade e o pânico a inundou de uma forma irreparável, e naquele momento ela não teve certeza e consciência de mais nada a não ser dos braços dele a envolvendo com uma força protetora e ao mesmo tempo possessiva.
Eles se olharam pelo que pareceu décadas, mas viram que nada mais precisava ser dito. Aquele abraço havia dito absolutamente tudo e mais um pouco.
Ela tentou dizer "Eu vou sentir sua falta." mas não saiu.
E então com um último olhar, ele a deixou, e ela permitiu. Siga sua vida. Seja feliz.
Deixou pendurados nela um misto de "eu te amo", com um "fique bem"...

... E um "nunca mais".

domingo, 13 de dezembro de 2009

Chuva

É dezembro, pelo amor de Deus!
E Jesus, Maria e José, estamos no verão!
Então será que alguém poderia por gentileza me explicar o porquê de todo esse frio desgraçado e de toda essa depressão e vontade de não pensar em nada? Agradeço se puder, e se puder fazer isso rápido, pois eu já não estou mais aguentando.
O fato de que tudo anda e só eu fico parada me assusta, e eu estou com o meu pensamento em você mais uma vez, mais uma noite, e eu me pergunto até quando isso vai durar.
Será que você é mesmo meu príncipe encantado, meu Romeu, meu Edward Cullen e eu simplesmente deixei você ir sem mais despedidas, por achar que era certo, por acreditar em uma "ruptura sem traumas"? Será que eu deveria ter previsto todo esse arrependimento e questionamento?
Tudo que eu sei é que o tempo passa, e eu não vivo um dia de cada vez. Não, dessa vez, eu luto para sobreviver uma única hora.
Eu deixarei minha janela aberta, pois eu estou muito cansada de chamar seu nome esta noite. Apenas saiba que eu estou aqui esperando que você venha com a chuva.

domingo, 6 de dezembro de 2009

A Sacudidora de Palavras

É incrível como, às vezes, simplesmente não sabemos o que escrever. E nem se deveríamos escrever alguma coisa.
Acho que, talvez, as palavras sejam as coisas mais indispensáveis nessa vida, afinal, o que seria de nós sem elas? Não posso imaginar uma vida sem poder dizer "Eu te amo" olhando nos olhos de alguém especial, sem poder dizer "Sinto sua falta" para uma cadeira vazia, ou debruçada na janela em uma tarde fria.
A vida não seria nada sem essas palavras, e muitas outras.
Pior que uma canção muda é uma palavra não-dita.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sutura

Tentei explicar a mim mesma porque meu coração bateu mais forte quando ouvi sua voz.
É isso aí, tá mesmo tudo acabado.
Não há mais tempo para nada, a não ser para uma rápida sutura.
Um tempo para pegar de volta os restos do que foi meu, e costurá-los de volta em mim, como se adiantasse alguma coisa. Como se fosse segurar.
E embora eu quissesse uma ruptura sem traumas, eram seus olhos que eu procurava naquele pátio verde sufocante. Graças a Deus não os achei, pois se tivesse achado, não sei se ainda teria forças.

domingo, 22 de novembro de 2009

Enquanto meu violão gentilmente suspira...

I look at you all see the love there that's sleeping
While my guitar gently weeps
I look at the floor and i see it need sweeping
Still my guitar gently weeps

The Beatles
3 dias e vai faltar um mês para o Natal.
Pouco menos de uma semana e vai faltar um mês para o fim do ano.
E triste é olhar para trás e não achar nada que realmente valha a pena. Achar só desilusão e os pedaços de um coração congelado que foi simplesmente arremeçado e que agora se encontra em pedaços.
Mas, às vezes, a sorte lhe sorri.
E é quando você percebe que só mais 3 dias e vai faltar um mês para o Natal.
Hora de acender as velas de novo, de reerguer a árvore, pendurar os enfeites e renovar os pedidos.

Senhores passageiros, estamos prestes a atravessar mais um ano. Aperte os cintos, fechem os olhos e se apeguem a lembrança mais feliz que tiverem desse ano que passou. Vamos bater em 5... 4...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Partir

Nunca pensei que sentiria tanto vê-lo partir.
Claro que a dor da partida é triste para qualquer um, em qualquer circunstância, mas no teu caso, acho que me dói mais. E é diferente, porque eu já perdi muitas pessoas, das muitas maneiras que se podem imaginar, desde morte até sumiço num passe de mágica. Mas no teu caso, acho que me dói mais.
Estranho pensar que posso não te ter como uma nova perspectiva para o ano que vem, e nem sei bem se ao mesmo cheguei a considerar que isso acontecesse. Cheguei mesmo?
E é diferente, porque dessa vez não é minha culpa.
Mas no teu caso, acho que me dói mais.
A dor desceu estalando por minha espinha e se alojou em meu estômago quando percebi de repente que aquela podia ser a última vez que o veria. - "Eclipse"; Stephenie Meyer.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Estrelas

E eu tinha muitas coisas pra dizer, garoto. Tinha mesmo. Mas o que posso fazer se você simplesmente se esvaiu com o vento? Nada.
E tava tudo entalado na minha garganta pronto pra sair, garoto. Estava mesmo. Mas eu realmente posso te culpar por querer viver algo melhor? Não.

Mas está tudo bem. Está mesmo.
Porque é verão, e o ano está chegando ao fim. Mais dia, menos dia, a gente vai acabar se cruzando, você me deve isso. E se esse é um mundo onde as promessas não são cumpridas, então eu não quero viver aqui.
Me aguardem estrelas, eu estou chegando. Não vim ao mundo para virar pedra.

But I forget all that, relax, and just enjoy the fact that life is good. I'm missing you. - Missing You; Franz Ferdinand

Chuva

Um dos poucos dias em que eu estou triste, e não choveu.
Devo agradecer? Não, pior que não devo. Acho que até poderia achar uma explicação pra minha tristeza se estivesse chovendo, mas como não está, me sinto doida.
E não acho uma explicação. Deveria haver? Sim, deveria.
Mas o que eu posso fazer? Quem sou eu?

I'll leave my window open
Cause I'm too tired at night to call your name
Just know I'm right here hoping
That you'll come in with the rain... - Taylor Swift - Come In With The Rain.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Temporal

E eu queria só saber como você faz isso comigo.
Mesmo não parecendo se importar nem um pouco, mesmo parecendo não estar nem aí, eu queria saber como você tem esse poder sobre mim, esse controle.
Simplesmente consegue filtrar minha raiva e eu rapidamente abro um sorriso, e me desconcentro quando você me olha, e me acompanha. Eu tento esconder qualquer coisa, mas os olhos encontram os olhos... E um coração congelado pode voltar a sentir? Parece que o meu pode.

Chega simples como um temporal, parecia que ia durar... - Pitty; Temporal

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Theatre

A única razão pela qual eu ainda levanto de manhã às terças e às quintas feiras.
A única razão pela qual eu tenho absoluta certeza de que tudo vai ficar bem, e que eu posso esquecer dos meus problemas por três horas que sejam. As melhores três horas de toda a minha semana. Onde eu simplesmente esqueço meu nome. Esqueço quem sou, e por quem luto. Esqueço da dor, e esqueço de respirar.
Pensar nele já não me dói, e sua ausência já não me dói tampouco. A lembrança é o único fogo que ainda aquece meu coração frio, pesado e cansado, e é feliz comigo mesma que percebo que já me lembro com alegria, com uma saudade boa.
Mas são, nesses dias, que eu percebo que sim, tudo vai ficar bem.
E é por isso que eu ainda enfrento chuvas, ventos terríveis, num sol escaldante; e é por isso que eu ainda subo no quarto mais alto da torre mais alta.

Plástico

Seu sorriso é exatamente como deveria ser, feito de plástico. Feio, falso, elástico.
Imagino-te, observo-te, de longe. Incrível como poderíamos ser amigas num dia, e no outro simplesmente duas estranhas. Toda a nossa amizade se transformou em um "bom dia" seco, nem isso. Um aceno de cabeça, como quem diz "ainda estou viva, ainda estou aqui". Será mesmo? Será que um dia esteve?
Pode ser, mas eu não posso forçar meus olhos a ver o fim, eles tem que se acostumar com isso sozinhos.

E "sozinho", de repente, me parece uma palavra tão amigável...

Ode ao Burro!

Em um dia de muito sol, um burro caiu dentro de um poço muito fundo. Ele gritou - de seu jeito - desesperadamente para que o ajudassem. Seu dono, julgando-o já muito velho, tanto o burro como o poço, começou então a jogar terra em cima do burro, para enterrá-lo vivo, e logo outras pessoas também vieram ajudá-lo. Algo de surpreendente aconteceu: o burro usava cada monte de terra que o jogavam para subir até o topo, e quando devia estar coberto por terra, ele já tinha saído.
O burro usou da terra que jogavam nele na intenção de matá-lo, para ajudá-lo a sair do problema. Algumas pessoas insistem em enterrar-nos vivos mesmo quando já parece que estamos no fundo do poço. Use a terra que jogam em você para se levantar ainda mais, e com mais força.

Por isso, meus amigos, continuem. Eu estou quase lá.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Ano

É hora do velho rever seus conceitos, é hora de olhar para trás. Os dois meses que faltam para terminar mais um ano passam como se fossem dois segundos, e é claro que não dá pra controlar.
Mas, e se toda a verdade desse ano tiver sido uma mentira? E se todos os meus votos para que esse fosse um bom ano não fossem nada além de palavras? Porque, para mim, está bem claro que alguma coisa deu errado.
Difícil é olhar e ver quantos amigos perdeu, quantas chances passaram, quantas dores sofreu.
Difícil é rever seu ano e não achar nada realmente produtivo, não achar nada que não sangrasse, uma dor que fosse tangível, palpável, quem me dera.
Difícil é saber que o ano não acabou, não querer que isso aconteça, mas gritar desesperadamente por um final.

Adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize no ano que vai nascer...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Não o culpo.

Por querer ser alguém, por querer mudar e querer mudanças; não o culpo.
Por querer se encontrar, por querer viver; não o culpo
Por querer algo diferente, por estar em lugar diferente, por ver pessoas diferentes; não o culpo.
Por seu novo rumo, por sua nova perspectiva; não o culpo.
Por querer ser feliz, e por realmente ser; não o culpo.
Mas por conseguir esquecer, eu o admiro.

Romeu

Ela chegou ao saguão do teatro. Estava chovendo, e ela estava sozinha, mas não se importava, ainda não era algo relevante; e nunca foi, sempre muito a vontade com a solidão, obrigada.
Olhou a sua volta, procurando por algum rosto conhecido, mas não havia. Não é que não houvess pessoas, porque havia. Ela só não conseguia enxergar seus rostos, nem o que ela achou que fosse capaz de reconhecer. O máximo que podia fazer era ler, e com isso, as horas passaram depressa.
E então, vieram os olhos. Castanhos, com seus segredos bem escondidos, que não sustentavam o olhar dela por mais do que alguns segundos. Decepção.
Mas apesar disso, apesar de tudo, lá estava Romeu, ao final da aula, esperando-a. Pulsar.
E eles caminharam juntos pelo crepúsculo cinza daquela tarde, apenas para não falar nada, apenas pelo benefício da dúvida. Frio.

Eles brigam. Páris cai.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Sou

Sou uma gota d'água, sou um grão de areia.
Sou historiadora de minha vida, exploradora de minhas verdades, professora das minhas próprias faculdades, escritora de minha história.
Sou livre, sou caeirista, sou pagã materialista.
Sou o calor, sou o vento, sou o sentimento ao relento.
Sou a releitura do quatro que nunca foi pintado, o amor que nunca foi recitado, o beijo que nunca foi roubado.
Sou meus novos horizontes, sou meus novos olhos.

Sou a nova fase da minha vida. Sou eu, e sou minha nova perspectiva.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O Tempo

Sei que as coisas vão se arrumar com o tempo.
E que, invariavelmente, e talvez até pra variar um pouco, meu coração vai tomar o rumo certo. E o que tiver que ser será. Mas será que isso impede o medo e a insegurança de continuar? Não, não impede. Atenua? Não, não atenua. E muito menos aniquila por completo.
Não quero machucá-lo, e acima de tudo, não quero me machucar, pois sei muito bem que já o fiz milhões de vezes.
Incrível como o tempo parece passar mais rápido, e me obrigar a tomar alguma decisão. Dizer que eu o amo antes que eu não possa mais fazê-lo. Dizer que me importo antes que eu não possa mais fazê-lo. Dizer que não quero antes que saiba pela boca de outros; ou pior, que nunca saiba.

"A gente se deu tão bem que o tempo sentiu inveja.
Ele ficou zangado e decidiu que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim."
O Tempo - Móveis Coloniais de Acajú

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Despertar

Ok, espere um minuto.
Tem alguma coisa aqui descongelando. Ignore os pingos molhados no chão, e as acumulações de água, são só o resultado de um ano congelada no tempo, presa num passado que eu fazia questão de esquecer.
Saia daqui, e abra espaço para o meu mais novo sol particular.

"O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim."
Já perdi a conta de quantas vezes usei esse trecho, mas ele nunca pareceu tão verdadeiro.

Destino

Um daqueles dias que o destino te arremeça, e não simplesmente te dá um empurrãozinho.
E quando eu me vi junto a ti, naquele santuário musical, eu não pensei duas vezes em mergulhar de cabeça, e perguntei ao meu coração. Mas ele não precisava ter certeza. E nem eu.
Era pedir muito que o tempo parasse naquele momento, seria egoísmo.
E, agora que não tem mais volta, eu não me arrependo. Na verdade, viveria o que fosse preciso de novo só pra chegar até você.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A Única Exceção

Eu sei, eu sei que disse que nunca mais iria me apaixonar de novo.
Mas aconteceu, me processe!
Finalmente alguém fora do ciclo. Alguém que me conhece como eu sou agora, e que, milagrosamente, parece gostar disso. Alguém que eu sei que não vai me machucar quando for embora de repente. Alguém com quem eu posso construir uma história, seja de amor, seja de amizade; ou um amor amigo. Uma história que eu sei que terá começo, meio e fim.
Alguém que eu vou poder olhar nos olhos.

"And that was the day when I promised I'd never sing of love if it does not exist.
But darling, you are the only exception."
Paramore - The Only Exception

Conto de Fadas

Sufocante. É exatamente como isso parece.
Mas como me livrar disso se o que eu mais quero é ficar na minha, sentir que estou bem com tudo isso? Sei que um dia, se não der certo, eu vou olhar pra trás e rir disso tudo, como faço com angústias anteriores, mas talvez não agora. Talvez esteja pronto para um adeus, mas eu não.
Talvez eu devesse escrever uma carta. Algo para lembrá-lo que eu o amo quando eu já não mais puder dizê-lo.
Alguém pode me culpar por querer viver em um conto de fadas separado do resto do mundo?
Alguém pode me culpar pelo meu mundinho idealizado, no qual eu já tenho meu destino traçado por mim? Me culpar por querer ser diferente, por não querer esquecer?
Estou em meu estado limite. Tá na hora de fechar o livro, e escondê-lo embaixo da cama.

"She lives in a fairy tale, somewhere too far for us to find.
orgotten the taste and smell of the world that she left behind."
Paramore - Brick by Boring Brick

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Angra dos Reis

Paz, mar, ondas, vento no cabelo.
Nada mais pra pensar, nada pra se preocupar. Vista.
Cinco dias desconectada do mundo, desconectada de estudos, desconectada de mim mesma.
Ansiedade por sentir essa sensação outra vez, e fugir nem que seja por pelo menos esses cinco dias, daquilo que mais nos bota tensão.
E, ter comigo, aquele par de olhos. Aquela mão amiga, aquelas risadas gostosas, aquelas brincadeiras na madrugada.
Aquele par de olhos.
Ah, março próximo...


Vamos brincar perto da usina, deixa pra lá... A Angra é dos Reis, porque se explicar se não existe perigo?

domingo, 27 de setembro de 2009

Perfeita Simetria

Quero que lembre-se por um minuto de todas as coisas que pensamos juntos. Quero que lembre-se por um minuto que nunca pensamos em dizer "adeus", pelo menos não eu.
Vasculhei todos os entulhos possíveis procurando por sinais de vida, procurei nos parágrafos, nas fotos e até mesmo na minha mente vazia de sentimentos por você.
E, no meu dia de folga de você, eu achei que pudesse encontrar sentido pra tudo que vivemos, pra tudo que você deixou para trás.
Mas não posso.

Vá Embora

Se você não for ficar, vá embora.
Se não for pra sempre, vá embora.
Se tiver que ser assim, vá embora.
Se eu tiver que olhar suas coisas ausentes e tocar seu silêncio com meus dedos finos e frios, não. Vá embora.
Não vai demorar muito até que eu me distraia novamente, o tempo cura todas as feridas. Se você queria a eternidade, escolheu a pessoa errada. O sentimento errado. A espécie errada.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Enlouquecer

Enlouquecer; Tornar louco, privar (alguém) do uso da razão.
Talvez eu esteja mesmo louca. Insana.
Ou o nome que preferir.
Talvez eu não goste dele, e talvez eu goste. Talvez o ame, talvez o despreze.
Talvez eu esteja fria, talvez seja o tempo lá fora. Talvez seja o tempo aqui dentro.
Mas talvez eu não ligue pra isso, talvez eu queira só viver. Uma vez, é o tempo que eu tenho.
Talvez eu esteja deixando de amar desesperadamente como antes, e talvez isso não seja necessário.
Será a felicidade plena estar sozinha? Será que a felicidade quer ser encontrada?
Não sei, só sei o que sou. Sou metade da pessoa que eu era ontem, e o dobro da pessoa que serei amanhã.

Talvez eu esteja fria, talvez seja o tempo lá fora.
Talvez seja o tempo aqui dentro.

"Há uma fina linha entre genialidade e loucura. Eu apaguei essa linha."
Oscar Levant.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Resgate

Muito prazer, estou me resgatando.
Me resgatando de onde você me pergunta. Do abismo, do nada. Do abismo de não sentir nada.
Estou me resgatando da cratera de um passado que eu insisti em manter para um futuro que eu nunca imaginei que fosse ver.
Estou me resgatando de mim mesma.
Tudo bem, pode ser que não dê certo; pode ser que não seja meu príncipe encantado, pode ser que eu não seja - e definitivamente não sou - uma princesa de conto de fadas. Que não seja imortal posto que é chama; mas que seja infinito enquanto dure.
Muito prazer, sou uma lua. Não nova, minguante ou crescente; cheia.

"Senti um surto desconhecido de entusiasmo ao ver o sorriso dele. Percebi que estava contente em vê-lo. Descobrir isso me surpreendeu.
Eu também sorri e algo se encaixou em silêncio, como duas peças correspondentes de um quebra-cabeça."

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Posse

Tomei o meu controle de volta.
Peguei meus antigos problemas, e guardei todos embaixo da cama, dentro das gavetas, nas frestas da janela e atrás dos móveis.
Peguei meu violão, saí para um dia de sol esquentando minha cabeça, meus cabelos agora com uma franja que balança para lá e para cá.
Fui para meu refúgio de terça e quinta, mais conhecido como Teatro Elis Regina, e lá encontrei a minha paz.

Foi então que eu o vi.
Nunca havia reparado naqueles olhos e naquele sorriso.
Não pude acreditar na minha cegueira. Acho que o destino me deu, mais uma vez, outra chance de conhecê-lo.
Ai, ai... Tomei o meu controle de volta.

"Eu vejo o horizonte trêmulo
Eu tenho os olhos úmidos
Eu posso estar completamente enganado
Eu posso estar correndo pro lado errado
Mas "a dúvida é o preço da pureza" e é inútil ter certeza"
Infinita Highway - Engenheiros do Hawaii

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Quitação

"Eu afastaria o episódio, enfiaria numa gaveta e trancaria para enfrentá-lo mais tarde. Eu teria muito tempo para me flagelar por aquilo, e não havia nada que pudesse fazer naquele momento."
Era disso que eu estava precisando nesse momento: uma gaveta.
Daquelas de madeira antiga, que tem que abrir com uma chave imensa, grossa e enferrujada, tanto que talvez ela nem abra a gaveta novamente. Trancar tudo lá dentro, junto com as coisas que eu não quero sentir.
Já tá na hora de pegar aquilo por que eu paguei.

"Conte a eles o que quiser, Remo! Mas ande logo com isso, quero cometer o crime pelo qual fui preso."
Sirius Black

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Preço II

"O dia tinha começado como qualquer outro (...) Como foi que mudou tanto, que ficou tão surreal? Como tudo ficou fora de lugar e distorcido a ponto de eu estar ali, completamente só (...) ?"
Por um momento eu desejei ser só uma garotinha. Alguém que ainda tivesse que viver durante muito tempo para entender o que eu to passando agora.
Desejei, mais do que nunca, que eu pudesse voltar no tempo e dizer a mim mesma de 15 anos, tudo que eu sei agora, com 16. Dizer a mim mesma coisas que eu não sabia, e dizer o quão sufocante o futuro seria. Eu teria uma segunda chance.

Mas ninguém tem uma segunda chance. As pessoas só vivem uma vida só.
E mesmo agora, com meus sentimentos mais frios, e com muitas lições aprendidas, isso ainda me parece um preço muito alto.

"You're not a judge but if you'll gonna judge me, well, sentence me to another life."
Paramore - Ignorance.

sábado, 15 de agosto de 2009

Intensidade

Será que a intensidade de um pensamento basta?
Ou será que, assim como para uma azaração, é preciso manter o contato visual com a "pessoa amada"? Um olhar vale mais que mil palavras. É... parece que tudo pende para um único lugar, uma única parte indispensável de uma relação: o olhar.
Por um momento eu tive medo.
Medo de esquecer seu rosto, sua voz, seu jeito. Medo de esquecer o modo como você escreve ou simplesmente o modo como você diz meu nome. E então seus olhos. De um castanho profundo, com seus segredos escondidos.
Anseio pelo dia que enfim poderei olhar em seus olhos novamente, e talvez sentir que nada disso mudou.

"(...) passado algum tempo, Harry viu-se examinando o mapa simplesmente para ver o nome de Gina no dormitório feminino, se perguntando se a intensidade com que o fitava poderia penetrar o sono da garota, se de alguma forma ela poderia saber que estava pensando nela, desejando que estivesse bem."

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um sorriso.

É apenas em algumas palavras que percebemos o quanto certas pessoas parecem entender exatamente o que você sente.
Não existe nada mais frustrante do que alguém encontrá-lo no auge de um problema, uma dor, uma perda, olhar e dizer "eu entendo o que você está sentindo!". Não. Ninguém entende, só quem passa pela MESMA dor. Não uma parecida, a mesma. Mesma situação.
É ótimo quando você encontra alguém que realmente te entende, que quando diz "eu entendo" pra você, realmente está entendendo.
E então você vê que quando você finge aquele sorriso, aquela pessoa do seu lado está fingindo também.

"Smile, though your heart is aching. Smile, even through is breaking." - Charles Chaplin.
"The mirror can lie, doesn't show you what's inside. It can tell you that you're full of life, and it's amazing what you can hide just by puttin' on a smile." - Demi Lovato.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Páris

A neblina lá fora só não é mais irônica porque a minha mente ainda não está nublada. Não completamente.
É simplesmente inaceitável o tempo que algumas pessoas têm que esperar para ter seus desejos realizados, suas felicidades encontradas e seus amores correspondidos.
A menos que você encontre alguém que te faça bem. Alguém que faça você se sentir bem, inteira, o que é uma grande diferença. Alguém que, mesmo não demonstrando, ou demonstrando tarde demais, você sabe que se preocupa com você, que acredita em você.
Os anos podem passar, você pode ter quantas primeiras-impressões você quiser, mas o que fica mesmo são as ações, não as impressões. Você nunca mais esquece.

"E se Páris tivesse sido amigo de Julieta? Seu melhor amigo? E se ele fosse o único a quem ela pudesse fazer confidências sobre toda a história arrasadora com Romeu? A única pessoa que a entendia de verdade e a fazia se sentir quase humana de novo?"


"Que há num simples nome? O que chamamos rosa, com outro nome não teria igual perfume?"

- Ato II - Cena II: Julieta

domingo, 26 de julho de 2009

Era por isso que eu estava ali.

Porque eu me lembrava de todas as noites em que foi com ele que eu desabafei.
Porque eu me lembrava de todas as palavras confortantes que ele já me disse, e que me fizeram não desistir.
Embora tão perto e tão longe, ele ainda é o meu melhor amigo, e a vida pode ser muito injusta quando ela quer. Isso não quer dizer que devamos desistir, nunca.
E se tem uma coisa que eu aprendi foi que erguer a cabeça e continuar é a melhor das coisas que podemos fazer.
Eu ainda vou estar aqui quando precisar de mim.

"Era por isso que eu estava ali. Era por isso que eu ia enfrentar qualquer recepção que me esperasse na volta. Porque, por baixo de toda raiva e sarcasmo, Jacob sofria. Naquele momento, isso estava muito claro em seus olhos. Eu não sabia como ajudá-lo, mas sabia que precisa tentar. Não apenas porque eu devia isso a ele. Era porque sua dor doía em mim também. Jacob se tornara parte de mim e agora não havia como mudar isso."

domingo, 19 de julho de 2009

Good and Broken.

Boa e quebrada.
Por muito tempo eu mesma me questionei, pensando e deliberando se eu tinha escolhido o título certo para uma coisa que me representaria - e continuará representando - durante muito tempo. Anos, talvez.
Mas depois dessa noite, tudo ficou muito claro, pois eu descobri que é exatamente isso que eu sou. E, não muito contrária à música que deu início à essa inspiração para o nome, é mais claro ainda. "We are broken chains. Good and broken." e é exatamente assim.
Não sabe o alívio que me dá saber que escolhi o nome certo!

Agora vamos às definições. Boa. Boa porquê? Porque eu sou boa amiga, e boa em relações (correntes - 'chains' na música); boa porque eu estou sempre pronta a dar os conselhos que as pessoas precisam - dizê-las que está tudo bem, ou que ficará; dizê-las o certo e o errado; é, sou boa nisso. Quebrada. Olha! Essa é fácil! Quebrada porque, dizendo o que as pessoas precisam fazer, eu esqueço que pra mim, isso não dá certo. Não sou melhor que ninguém, e nem menor que eu. Não posso assumir toda a culpa, nem toda a glória. Quebrada. No meio termo. Se equilibrando na corda bamba.

Pra sempre. Ou mais.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Preço

Durante alguns dias eu meio que esqueci que isso existia, dá pra acreditar?
É, eu sei que não dá, mas às vezes nós temos que começar a nos preocupar com algo maior. Algo que nos preocupa mais.
Ontem a noite eu me peguei pensando em tudo que eu já "tive". Falo das pessoas, e da minha relação com elas. Vejo que, a partir de um ponto, foi como uma troca. Troquei alguém que me fazia bem, por alguém que de algum modo fazia eu me sentir melhor.
Se for pensar bem, não é um preço justo. E não faz nenhum sentido. Se você já estava bem com alguém, pra quê mecher em time que tá ganhando?
A vida é mesmo uma coisa engraçada. Queremos sempre viver melhor do que estamos, por melhor que estejamos. E pagamos preços altos por isso.
Só resta então viver a vida a partir daí, sendo o preço justo ou não, se sentindo melhor ou não.
"Você compara uma árvore pequena com toda uma floresta." - Edward Cullen.

domingo, 12 de julho de 2009

Fácil como respirar.

"Eu também sorri e algo se encaixou em silêncio, como duas peças correspondentes de um quebra-cabeça. Tinha me esquecido do quanto gostava de Jacob Black."

Por um momento eu me esqueci de muita coisa.
Mas já passou (:

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Espelho

"Eu não me conhecia, por dentro ou por fora. O rosto no espelho era praticamente estranho a mim - olhos brilhantes demais, pontos febris de vermelho nas maçãs do rosto." E apesar disso, apesar de tudo isso, a manhã era a melhor em dias.
O sol não brilhava com toda a sua força, mas o seu esforço para aparecer era tangível, admirável. E notei que meu único esforço foi ficar um tempinho a mais na cama, sem precisar sentir a obrigação de ser uma boa filha e ótima companhia - duas coisas nas quais, eu estava falhando.
Ela nunca me pareceu tão igual a mim, e Ele nunca foi tão digno de respeito com antes, como das outras vezes. Parece que cada vez que meus olhos correm pelas páginas do livro, há muito mais a ser absorvido. É frustrante correr os olhos pelas páginas de meu próprio livro, e se decepcionar ao chegar no fim, onde percebo que tudo que vi foram 16 anos de páginas em branco.

Starring at the blank page before you. Open up the dirty window. Let the sun iluminate the words that you could not find. - Natasha Bedingfield, Unwritten.

terça-feira, 7 de julho de 2009

"Eu estava pensando...

...em como o tempo parecia fluir de forma desconexa, às vezes passando indiscretamente, com cada imagem se destacando de forma mais clara do que as outras. E depois, em outras ocasiões, cada segundo era significativo, grudado na minha mente. Eu sabia exatamente o que provocava a diferença e isso me perturbava."

Eu não tava muito a vontade pra escrever, mas de alguma forma eu tinha que.
Então, como eu sempre faço, abri meu livro favorito numa página marcada qualquer e começei. Não é tão digno como os outros seriam, mas eu tinha que começar com alguma coisa e isso serviu.

Eu notei essa noite que o mundo está dando voltas; enquanto eu estou aqui, apenas hesitando. E embora cada volta represente um segundo - talvez menos que isso -, o tempo não me parece mais significante. Nós usamos relógios de bolso, de pulso, na esperança de poder de alguma forma controlar o tempo, mas isso não é mais suficiente. Porque o tempo está correndo, e você começa a presenciar coisas que não queria - que não deveria.

Claro que o assunto do mundo, hoje, é o velório do Michael Jackson, eterno Peter Pan. Chorei. Chorei mesmo. E chorarei de novo quando rever os vídeos, daqui a alguns anos. Ou talvez ano que vem, na celebração de um ano da morte do Rei. Saí na rua e começei a me perguntar "O que estas pessoas estão fazendo aqui fora? O homem maravilhoso está morto e as pessoas estão aqui fora, isso não tá certo!" mas então eu me toquei que nem todos se importavam como eu. Não mais.

E não é só com o MJ que é assim - antes fosse. As pessoas não se importam mais umas com as outras, não como costumavam. Estamos todos na defensiva. Eu digo "estamos" porque ninguém escapa. Nem mesmo eu, nem mesmo você, nem mesmo Michael Jackson, que viveu sua vida inteira na defensiva. Isso deveria ser vergonhoso. E é. Mas, "they don't care about us".

É lamentável que pessoas tenham que morrer todos os dias para que o mundo pare pelo menos por algumas horas - com sorte, algumas semanas ou meses - e perceba que ninguém tá sozinho, o mundo não é de uma pessoa só.

Acho que esse foi meu maior post do ano, acho que ninguém vai ler. Mas, eu acho que fico feliz de ter ao menos botado pra fora (:

domingo, 28 de junho de 2009

Sinceramente...

... você pode se abrir comigo. Sinceramente eu só quero te dizer que eu acertei o pulo quando te encontrei. Eu sei a palavra que você deseja escutar, você é o segredo que eu vou desvendar..."
Não importa muito. O mundo tá órfão e ninguém mais "se importa muito", estamos todos conformados. Sei que você, ávido leitor, está sutilmente se perguntando o quê exatamente essa música do Cachorro Grande tem a ver com as minhas reclamações sobre o mundo. Nada.
"If you care enought for the livin'". É exatamente essa a questão. Niguém mais "se importa muito" com os que ainda vivem, só pensam em si mesmos. Só se lembram dos que estão vivos, quando eles já morreram. E aí? Já é meio tarde demais.
E é aí que o amor entra. Amar significa observar o mundo girar em torno de alguém mais especial, acreditar que existe alguém que é melhor que você em algum ponto, simplesmente por viver. Viver, não existir. Existir qualquer um existe, não é mesmo?
Minha moral? Eu deixo em aberto.

I look at the world and I notice it's turning
While my guitar gently weeps.
With every mistake we must surely be learning,
Still my guitar gently weeps.
The Beatles - While My Guitar Gently Weeps

quinta-feira, 25 de junho de 2009

I say everyone we've been through...

'cause I'm so much better without you. But it's just another pretty lie 'cause I break down everytime you come around!
E eu ainda to tentando desesperadamente recuperar todo o meu tempo perdido.
Ando percebendo que as coisas tão acontecendo em um piscar de olhos. Um belo dia eu dormi, e quando eu acordei, Clodovil tinha morrido. Hoje, vou pra aula de violão; e, quando volto, descubro que Michael Jackson morreu. Mas não, não é um post dedicado a ele, e nem tá perto disso.

Só me custei a acreditar que num período de pouco tempo tantas coisas tenham mudado, e que o tempo agora é uma coisa que se tornou irrelevante a ponto de as coisas acontecerem sem ligar pra nada, simplesmente BUM! acontece. E você não pode controlar.
É incrível que há exatamente um ano eu estava mal, tinha pessoas com quem contar, e hoje eu estou bem, mas posso contar nos dedos as pessoas que eu realmente posso contar de verdade.

Tente entender porque eu ainda ligo pra você.

terça-feira, 23 de junho de 2009

"Não ame pela beleza...

das pessoas. As pessoas são adoráveis porque as amamos, e não o contrário."
Já o amor em si é algo bem mais complicado.
Alguns dizem que nós, humanos, não vivemos sem o amor. Mas eu particularmente acho que o oxigênio é igualmente - ou mais - importante que um sentimento que a gente não sabe da onde vem, pra onde vai e que num minuto é a coisa mais certa da sua vida e no outro é apenas um amontoado de idéias convictas escritas em páginas vazias.
Só peço, estimado leitor, que olhe uma vez para trás, para o seu passado. E me diga quando você disse um "eu te amo" verdadeiro. Algumas vezes. Menos frequente do que hoje, claro, já que é uma expressão banalizada.
Moral da história: fico com o oxigênio. Para o amor? Há, prisão perpétua.
Se os outros humanos precisam do amor mais do que tudo para sobreviver, me pergunto de que planeta eu venho. De qualquer forma, quero uma passagem só de ida de volta pra lá.

E rápido!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Maldito seja Jacob...

...por fazer tudo perfeito desse jeito.
Não, o frio não me impediu de escrever, não. Foi o bloqueio mesmo.
Aqueles dias que você está completamente bem, mas não sabe mesmo o que dizer, e às vezes nem existam palavras para tanto. Acho que estou ficando um tanto quanto complexa até pra meu próprio entendimento. Como isso pode ser bom?
Hoje vi um documentário na aula de Biologia que falava sobre como nossa personalidade pode estar predestinada pelos nossos genes desde o momento da concepção. Imagino qual seria a graça. E qual seria o controle que teríamos sobre nós mesmos se isso fosse verdade. Na verdade, o controle que nós NÃO teríamos sobre nós mesmos... Todos os crimes, traições, as mais lindas palavras de amor e até mesmo os mais significativos lampejos de inspiração se tornariam relevantes, sem valor algum, um impulso genético. Simples assim.
Será mesmo que um dia eu vou olhar para aquele mesmo céu mágico e frio de outono que eu vi todo esse mês de maio e não sentir mais nada além de um "impulso genético"?
Depois me perguntam porque mesmo eu detesto biologia!

The strugles I'm facin'
The changes I'm taking
Sometimes by knocking me down
No, I'm not breaking!
I may not know it
But these are the moments
That I'll gonna remember most
Yeah, just gotta keep goin'
Miley Cyrus - The Climb

quarta-feira, 27 de maio de 2009

"We won't forget you!"


Sol de 40º no mínimo no Estádio do Morumbi.
Mas ela suportou cada momento, e até fez novas amigas.
O sol já tinha se escondido por detrás dos prédios quando ela entrou no palco. Foi uma gritaria só. Flashs e mais flashs explodiam numa bomba de luzes brancas e as pulseiras de neon e os bastões coloridos e brilhantes davam à arquibancada um ar de uma festa de fadas. E então, em "Don't Forget", ela chorou. E emocionou todos que estavam ao redor dela, sem excessão. E a abertura acabou assim, completamente emocionante, arrancando lágrimas de todos.
E então eles apareceram. Mais reais do que a garota sempre imaginara, mais lindos, e mais talentosos do que ela sempre os julgou. Os três atraíam sua atenção mais do qualquer coisa, e ela só tinha olhos para aquilo, e para mais nada. E então, "A Little Bit Longer" arrancou lágrimas do primeiro Jonas. "When You Look Me In The Eyes", arrancou lágrimas do segundo. E "S.O.S" arrancou lágrimas do terceiro. Logo, todos estavam chorando, e se despedindo.
A garota gritou com eles, cantou com eles, chorou com eles, e principalmente, disse a si mesma: "Hold On". Hold on, aguente firme... Siga em frente, continue. Há mais na vida do que apenas viver.
E, ao final do show a garota ficou imóvel, parou onde estava, limpou suas lágrimas e saiu, meio viva, meio anestesiada. E fora o melhor dia da vida dela. Novas amizades, fortes emoções... Morumbi foipequeno pra tudo isso.

E eles cantaram a minha vida naquele palco. - Jonas Brothers World Tour, May 24.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Segundo sol;

O céu das sete se revelava negro como breu, e o vento atingia suas costas enquanto ela lia, distraída, de costas para a janela. Ela não queria olhar para o céu. E nem podia.
Anseava pela casa vazia, quando ela poderia desabafar consigo mesma, chorar e cantar sem que ninguém implicasse com ela por isso. Mas a casa nunca estava vazia quando ela realmente precisava que estivesse, e isso era deprimente. Parecia então que as coisas nunca aconteciam do jeito que ela queria. Egoísta.
Foi então que aconteceu.
Mais que de repente, o clarão inundou todo o quarto, e ela se viu imesa numa paz que nem ela mesma sabia explicar. Logo ela, que sempre esteve a frente de seu tempo, que sempre fora tão inteligente e cheia até a boca de milhões de teorias que só estavam esperando um momento para borbulhar fervorosamente para fora.
O quê ela viu? O quê ela sentiu?
É segredo.

"Eu só queria te contar que eu fui lá fora e vi dois sóis e a vida que ardia sem explicação..."

terça-feira, 19 de maio de 2009

Mal do Século

O mais calmo dos homens grita
O mais feliz dos homens chora
E o mais completo dos homens
Está incompleto.
Lá fora o tédio aflora
Nas vozes do desespero encoberto

Bem vindos de volta
Eu sou o mal do século!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Presença

E dessa vez eu não falo pra ninguém.
O que é meu é meu, e é segredo. O que sinto só eu sinto e eu não preciso contar pra alguém, não vai ajudar em nada. Cabeça confusa, coração doente. Procurando ver o mundo através das paredes destruídas de uma retina desgastada de tanto enxergar além e mais longe, de tanto presenciar as mais vis coisas que alguém poderia ver.


"Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer..."

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Um desejo de ver a cor da estrada...

...e desaparecer.
Um desejo de ver a cor da estrada e desaparecer. Vontade gênia de arrumar as malas, colocar o violão nas costas e sumir. Destino? Pra quê destino? Tá soando mais como um escape, uma brexa, uma saída. Sinceramente, isso aqui tá me enxendo de tal forma que não vale mais a pena sequer fingir felicidade ou conformismo! Não pertenço a esse lugar, a esse mundo, a essa ÉPOCA; mas me matar... Pra quê? E fazer volume onde quer que a gente vá depois de "terminar" nossa missão na terra? Não, não, não. Prefiro ficar por aqui mesmo.


"Astronauta tá sentindo falta da Terra?
Que falta que essa Terra te faz?
A gente aqui embaixo continua em guerra
Olhando aí pra lua implorando por paz
Então me diz: por que que você quer voltar?
Você não tá feliz onde você está?
Observando tudo a distância
Vendo como a Terra é pequenininha
Como é grande a nossa ignorância"

domingo, 10 de maio de 2009

Tell me why...

...you're so hard to forget.
Então eu folheei todas as páginas do meu caderno, uma a uma. Li cada parágrafo, observei atentamente cada fotografia, e procurei em cada uma delas algum sinal de vida, algo que pudesse dar algum sentido a toda essa insanidade que passamos. Mas não deu.
Gostaria muito de saber quem é você, e pelo que está vivendo. Gostaria de saber se ainda lembra de alguma coisa que passou com muita gente que ainda se importa com você. Gostaria de olhar em seus olhos e então ver que ainda está aqui de alguma forma. Queria te contar tudo que tá acontecendo comigo, queria que visse que eu to bem, exatamente como você um dia desejou que eu ficasse.
Continuo no mesmo lugar onde eu estava antes, e ainda não faz nenhum sentido.
Eu estou feliz, mas você não está aqui pra ver isso.

"Você diz que precisa ir e se encontrar
Você diz que está se tornando outra pessoa
Que não reconhece o rosto que te encara no espelho"
- David Cook.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Living life your own,

and every sky was your own kind of blue.
Eu te imagino, eu te observo, e é sempre o além que te encontra. Seus olhos não são mais os mesmos para mim, e seus gestos - ah, seus gestos! - sinto que já não me pertencem mais. E o que posso fazer?
Dizer-te que sinto muito, que queria muito que tivesse andado, tivesse dado certo, mas nós pulamos etapas importantes. Nos conhecemos antes mesmo de errarmos tentando entender-nos, e os erros constroem uma relação. Hoje eu sei que nossa história aconteceu no tempo errado.
Mas não me arrependo, não mesmo.
Viveria os mesmos momentos tentando descobrir-te, e você tentando descobrir-me.
Então, observo-te, com os mesmos olhos de antes.
Só que bem mais claros dessa vez.

"Persiga-me, assuma a forma que quiser, enloqueça-me até! Mas não me deixe nesse abismo onde eu não posso encontrá-la! Oh, meu Deus, é impossível! Eu não posso viver sem a minha vida! Eu não posso viver sem a minha alma!"

terça-feira, 5 de maio de 2009

Who are you?

What do you living for?
Sabe, o céu de outono é uma coisa engraçada.
A gente olha, olha, todos os dias, todo o tempo, e ele NUNCA é igual a dois segundos atrás. Frustrante? Eu digo mutável, instável, variável... vulnerável!
Mutável por simplesmente mudar de muitas maneiras; instável por além de estar mudando, está em movimento - há! como se não bastasse!; variável porque tudo que conhecemos é vulnerável, até um simples toque, porque o céu não haveria de ser?; e vulnerável porque é tão facilmente destruído... Metaforicamente, é claro, mas quem poderá me dizer que literalmente não? Vulnerável até que se prove o contrário!
Pensando nisso, há algumas verdades que eu preciso dizer!É verdade que eu não tenho jeito, sou estabanada e totalmente de-lua. É verdade que gosto de ler e leio compulsivamente, tal razão porque escrevo. É verdade que sei bem o que quero da minha vida, mas não sei, e também é verdade que também tenho medo de estar sozinha. Mas é verdade que eu tenho saudade de muitas coisas, inclusive das coisas que nunca tive. E é verdade que posso sentir sua falta e desejar sua companhia. Mas é verdade que não preciso mais de você.
E te amo, é verdade.


"Quis te odiar, não pude. – Quis na terra
Encontrar outro amor. – Foi-me impossível.
Então bem disse a Deus que no meu peito
Pôs o germe cruel de um mal terrível.

Sinto que vou morrer! Posso, portanto,
A verdade dizer-te santa e nua:
Não quero mais o teu amor! Porém minh’alma
Aqui, além, mais longe, é sempre tua."

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Don't look back anger...

... I heard you say.
E meu vício em músicas que realmente dizem alguma coisa não passa! A única coisa que passou foi aquilo que me tirava o sono. Eu tô realmente bem, eu espero, mais renovada, me sinto mais viva, e acima de tudo mais feliz!
Fazia tempo que eu não me sentia assim, e não vejo motivos para o contrário... Só que simplesmente acontece. Bom, parece que hoje que não tem redação pra fazer, minha mãe não vai me deixar sozinha em casa e eu não vou conseguir fazer o que eu quero, parabéns pra mim!
Ao menos, amanhã tenho mais descontração!
E é no meio das exclamações, interrogações e entrelinhas que eu digo: eu amo você bem do jeito que você é!

domingo, 3 de maio de 2009

Você não me disse...

... uma só coisa que eu já não saiba.
Sinceramente, todas essas palavras, para mim, não significam absolutamente nada. Vindas ainda mais de quem você é, profanamente falando, eu não estou nem aí. Diga o que quiser sobre mim, mas você pode ver o que eu vejo? Você consegue realmente saber o que acontece a sua volta? Bem, a resposta é simples, e fugir dela será apenas se enganar e se esconder da verdade.
Mas a verdade é como a morte, você pode correr dela, mas ela sempre te encontra. E exatamente como a morte, a verdade é o único mal irremediável.
E eu sou muito paciente, eu espero Então, quando a verdade chegar, vai causar o impacto digno de reação nuclear.
E aí, bing-bang-bong.

There's no heaven waiting for you.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Anjo

Queria deleitar-me com tua beleza e encher de beijos tua face. Queria recitar-te belos poemas e encantar-me com tuas reações divinas e bem ensaiadas. Queria poder dizer-te tudo que sinto - e o que não sinto, que ficasse escondido todo esse tempo, esperando para sê-lo.
Mas ó, porque mentiste? E, por Deus!, porque acreditei em ti? Se tudo que me deste foi apenas promessas que se esvairam com o tempo, e palavras que viraram cinzas a teu simples toque. Encho agora meu peito para dizer-te o quanto te amei, e que não deveria, portanto, lamentar-me a tua ida, mas sim para gritar-te que ainda estou aqui, e estou viva.
Saibas, então, que tenho razão afinal de contas, e se agora você é amigo esquecido e amor abandonado, dê-me a tua outra face mais uma vez, para que me proves o quão certo julgas estar. Achei-me em meus temores, frios e motivos, um homem precisa perder-se para achar-se.
Queria somente que soubesses, ó anjo, que quando caíres do céu para outra pessoa, que não para mim, estejas pronto para outro destes textos, e outros tantos, até o dia que decidires cortar as asas e pousar em apenas um lugar. E se tua vida o trouxeres, depois de todos estes anos, de volta a minha porta da frente, saiba que eu o receberei com o encanto de uma rainha e os modos de doce esposa.
Enquanto isso, anjo, voa.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Satélite

"Será como se eu nunca tivesse existido."
Ele não chegou a dizê-lo, e nem precisou.
Simplesmente se foi, sem mais explicações, sem mais despedidas.
Só que se foi no tempo errado, e eu não sei mais o que fazer. Me faltam motivações, esperanças, alguém. Qualquer um.
E eu sinto que sou um satélite sem planeta algum, simplesmente condenado a vagar eternamente pela gravidade sem órbita; um satélite inabitável, apenas existindo.

Você foi muito doce por tentar.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

My hands ♪

Você tem a sensação de estar perdendo todas as pessoas que um dia você amou.
Você sente que não há mais ninguém por você, e perde o chão.
Você sente que nem tudo é como você deseja, e que talvez a vida seja só para algumas pessoas.
Você imagina, você se isola, você se esconde.
E o que é pior: atrás de algo que você não é.
Quando você perde a noção assim, de repente, e acaba olhando para os lados e se vendo sozinho, só há uma coisa a fazer: começar de novo. E de novo. E de novo. O final vai ser um só, imutável, imprevisível. Mas quem um dia irá dizer que não podemos criar novos começos?

"E não adianta nem me procurar em outros timbres, outros risos.
Eu estava aqui o tempo todo, só você não viu."

sábado, 25 de abril de 2009

Nós não estamos.

Senhores passageiros, aqui quem fala é sua comandante.
Estamos passando por uma pequena turbulência agora devido a alguns olhares e algumas palavras.
Recomendo que apertem seus cintos, segurem firme em suas poltronas - com as duas mãos - e rezem.
A aeromoça estará passando com o salgadinho e as opções de almoço em alguns segundos.
Obrigada, e uma boa viagem.

"Mas esse sempre foi o meu jeito. Tomar decisões era a parte dolorosa para mim, a parte que me angustiava. Mas depois que a decisão era tomada, eu simplesmente a seguia - em geral com alívio por ter decidido o que fazer. Às vezes o alívio era tingido de desespero (...) Mas era melhor do que lutar com as alternativas."

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Inacabado II

Foi a primeira noite que eu sonhei com a faculdade.
A maravilha de estar em outra cidade, com aquele que eu amava, com amigos velhos e novos. Sensação inexplicável de saber o que está fazendo, e estar exatamente onde deveria estar. Sentimento únicamente composto de uma palavra: mudança.
Mas eu acordei, e o sonho não foi suficiente.
As coisas ainda estavam como eu tinha deixado. Confusas, inacabadas.
Quando foi que isso aconteceu?
Virei algumas páginas a mais, me precipitei.

"Dedication takes the life time, but dreams only last for a night."

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Inacabado I

Você sempre acha seu caminho de volta;
Não importa onde você esteja.
Você sempre sabe onde começar;
Não importa onde você esteja.
Você sempre acha alguém pra te apoiar sempre;
Não importa onde você esteja.
E então você vê que a vida é perfeita do jeito que é, não pode ser mudada. E então a sua alegria tá toda num violão, que você toca mesmo com os pulsos doendo e quando seus dedos estão doendo e congelando com o frio que tá fazendo.
E então... Inacabado.

"Assim como a canção só tem razão se se cantar
(...)
Assim como o poeta só é grande se sofrer"

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Mentira.

Quando você olha o céu pela janela e vê o dia bonito e ensolarado, é uma mentira. Você sai, e está frio, o vento ainda está lá. Quando você está deitado em sua cama, e imagina o céu chapiscado de estrelas com uma lua linda, grande e brilhante junto a elas, é uma mentira. Elas não estão lá de verdade, está nublado.
E a pior parte é sentir o vento, o sol, o calor, o frio, mas olhar as estrelas e elas não estarem lá. Eu não consigo dizer em palavras, e nem poderia, elas me faltam. Esse é um daqueles dias que você não sabe o que escrever.
É difícil demais ver que tudo a sua volta cai em mentiras como se nada tivesse acontecido. São nas situações mais corriqueiras como mentir sobre o tempo, sobre um texto, sobre uma música, que a mentira é percebida. Uma dessas pequenas mentiras pode esconder algo maior, um adultério. Como também podem não esconder absolutamente nada, podem ser apenas mentiras pequenas, que mal há nisso? Todo. Por que é uma mentira.
Quando isso começou a ficar surrealista? Quando todo mundo começou a mentir mais e a confiar menos nos outros por conseqüência? Quando as coisas ficaram fora de controle?
Eu não sei.
Tudo começou com uma mentira.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Long Shot

Odeio admitir que possam ser só palavras.
Mas podem.
Acho que não sei o que me faz mais mal. Estar com ele, ou sua ausência. Estar com ele e saber que o sentimento pode não ser pra você. Ou tolerar sua ausência imaginando o que ele faz naquele momento. É doentio, eu sei. Chega a ser repugnante. E eu não tenho mais ninguém com quem falar sobre isso.
Só você, querido diário. Ops, não sou mais uma garotinha, não mesmo. Querido diário? Hoje não.
O silêncio? O silêncio é uma forma de dizer que eu não sei mais o que fazer.

"Se o silêncio em minha mente durasse, eu nunca mais voltaria. Não seria o primeiro a escolher essa forma em detrimento da outra. Talvez, se eu corresse para bem longe, nunca mais teria de ouvir..."

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Hey, Lua!

Minha felicidade quase acabou.
Tá pequena.
Cada vez mais e mais a coisa vem ficando ridícula. E não é só a falsidade das pessoas que tá ficando ridícula, eu estou ficando ridícula por dentro. Será que o meu destino vai ser viver como aqueles escritores de antigamente? Doidos, reclusos, e tuberculosos. Parece um bom fim pra mim, bem digno.
Contanto que eu não me apaixone mais, soa perfeitamente. Soa como deveria.
Isso me leva a pensar sobre os autistas. Imaginem só, sem terem nas costas o fardo da convivência e principalmente da conveniência, vivendo consigo mesmos um dia de cada vez, tenho apenas seus pensamentos e visões; visões periféricas, visto que ele não se importa muito em ver outras coisas.
Não, eu não sinto pena deles.
Eu os invejo.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Tic Tac Tic Tac...

Tirando as teias do blog na esperança de tirar minhas próprias teias.
Os ponteiros do relógio se movem em meu pulso, e a sensação de carregar o tempo nas mãos talvez não me pareça mais suficiente, não me pareça mais certo como era antes.
Quando a gente percebe o que acontece em nossa vida, a nossa volta, o tempo se torna irrelevante. Ele passa mais devagar e inconstante. Cada maldita hora significa mais uma hora de tormento, de conflitos interiores e exteriores. Quando o mundo interior sóbrio se conflita com uma situação vivida do lado de fora, o resultado só pode ser catastrófico, é uma combinação que não funciona.
Você pisca uma vez e está rodeado de pessoas que te amam e então você pisca de novo e está num tabuleiro de xadrez, tão imóvel e sem reação que simplesmente espera o xeque-mate e o que tiver que ser será. Será mesmo?
Isso não me parece certo, mas é assim que a gente age.
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

"Mas isso não me fez mais forte. Ao contrário, eu me sentia horrivelmente frágil, como se uma única palavra pudesse me despedaçar."

quinta-feira, 26 de março de 2009

Isso é o que acontece...

... quando dois mundos diferentes colidem.
Dois mundos únicos. Independentes. Livres. Um decidido, estável, sólido.
Outro instável, sentimental, volúvel.
Moral da história? Catástrofe.
Nunca vi um sentimento que fosse tão bom e tão destrutivo.

"Não há nenhuma imagem violenta o suficiente para encapsular a força do que aconteceu comigo naquele momento."

terça-feira, 24 de março de 2009

...

E então você começa a agir por impulso.
Simplesmente começa a sorrir sozinha, por nada; simplesmente começa a passar aquele perfume que a sua mãe só usa quando sai com seu pai; simplesmente começa a escolher melhor as roupas, até pra ficar casa, e principalmente pra sair dela; simplesmente começa a procurar por seus olhos em todos os rostos no intervalo.
E você tenta ir contra a corrente.
Mas quando o violão começa a dizer o contrário, você sabe que a batalha está perdida.

"Eu o amava? Eu achava que não. Ainda não. Seria exatamente como cair: sem necessidade de esforço. Não me deixar amá-lo era o oposto de cair - era como subir um penhasco, uma mão de cada vez, uma tarefa tão exaustiva como seria se eu tivesse a força de um mortal."

segunda-feira, 23 de março de 2009

Pude sentir que perdi o controle.

A gente acha que tem muito tempo pela frente, e que pode fazer tudo a hora que bem entender. A gente acha que vai dar tempo pra viver toda uma vida, de fazer o que se tem vontade e não pode, de falar tudo que se quer. Mas não dá. O mundo pode acabar pra ti hoje, amanhã ou daqui a uma hora. Ou você pode viver pela eternidade, quem sabe.Não acha que tá na hora de parar pra viver a vida ao invés de ver ela passar? É uma só. É uma vez só. É uma chance só.

"Embora ultimamente eu estivesse me sentindo melancólica com as circunstâncias, todo dia parecia uma última chance. Eu não tinha tempo para adiar nenhuma tarefa, por menor que fosse."

sexta-feira, 20 de março de 2009

Fácil como respirar

Acho que talvez eu esteja mesmo gostando disso. Ou dele.

Deve ser o jeito como o egocentrismo dele faz com que a vida seja mais engraçada; deve ser o jeito como ele sorri quando faz alguma besteira ou fala alguma coisa que não devia; deve ser o jeito como ele anda, como ele escreve e como ele se concentra tanto pra fazer um exercício que ele sabe que não vai dar em nada; deve ser o jeito como ele estuda desesperadamente antes das provas, só pra colar depois; devem ser os olhos. Deve ser o jeito como ele olha pra mim.

Faz muito tempo que eu não me sinto assim. Como eu sempre to feliz quando to perto dele, ou sempre fazendo alguma coisa pra ele me notar. Faz muito tempo que eu não fico brava com o sol quando ele amanhece segunda-feira.E faz ainda mais tempo que eu não escrevo sem frases melancólicas.

Talvez não dê certo, talvez seja só um sonho. Talvez seja inútil, talvez seja decepcionante. Mas que o sentimento seja eterno enquanto dure.

Havia muitas coisas que eu queria dizer, algumas não muito boas e outras mais revoltantes de pieguice e romantismo do que ele sonhava que eu seria capaz.

quinta-feira, 19 de março de 2009

E a tristeza é tanta...

... Mas a fila anda! Sei que é bom você saber que acabei de conhecer a vida que roubou de mim :D
E o que eu quero agora? Eu quero aventuras. Eu.
Há tempos eu não me sentia tão livre, tão cheia de mim e certa do próximo passo. Agora sei que não dependo mais do que me magoava pra tomar minhas decisões, e agora sei que não se troca uma culpa por outra.
"Não vou deixar que assuma toda a culpa nisso. Nem toda a glória."

Aventura. Def. 1 Empresa arriscada, incomum, cujo o fim é incerto; 2 Conquista amorosa sem compromisso e inconsequente; 3 Acaso, sorte, fortuna.

domingo, 15 de março de 2009

Underdog

Era uma espécie de padrão para a minha vida - eu nunca tinha sido forte o suficiente para lidar com as coisas fora do meu controle, para atacar os inimigos ou impedi-los. Para evitar o sofrimento humano e sempre fraca, a única coisa que eu nunca fui capaz de fazer foi continuar. Resistir. Sobreviver.

Mas meus olhos eram fracos e cometiam erros o tempo todo.

Sim, eu tinha um texto pra esse dia. Alguma coisa breve, simples, mas que dizia tudo. Só que é esse o problema, não há absolutamente nada pra ser dito.
E eu ainda preciso de apoio. E eu ainda preciso de alguém. E eu ainda preciso dele.
Um ano e onde estão todas aquelas palavras? Parece que o meu 'pra sempre' tem um tempo muito mais curto do que eu imaginava.

Você vai se auto-destruir em cinco minutos. Mande uma mensagem, escreva uma carta ou beba um drinque. Só não faça bagunça. Obrigada. Amém.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Don't forget to take a breath!

Eu tentei, eu juro que tentei. E a pior parte é sentir o vento, o sol, o calor, o frio, mas olhar as estrelas e elas não estarem lá. Eu não consigo dizer em palavras, e nem poderia, elas me faltam. Esse é um daqueles dias que você não sabe o que escrever.

Se eu fingir que nada nunca deu errado, eu posso começar a dormir, sonhar e apenas continuar?

terça-feira, 10 de março de 2009

Segundo grau. Ou a palavra certa era purgatório?

Eu fiquei brava com o sol quando ele começou a nascer. Assim que abri meus olhos tive medo do que podia acontecer - além de ter dormido incrivelmente mal - e mais uma vez, eu estava certa. Às vezes essa minha certeza me irrita.Parece que, no dia que poderia ter sido o melhor da vida, ABSOLUTAMENTE tudo que podia dar errado, dá; e é incontrolável, você só se dá conta da merda toda quando ela já aconteceu. E a raiva é tanta...
Esse dia pode acabar agora.

domingo, 8 de março de 2009

Novamente,

eu estava me indagando qual seria a história dela antes de me lembrar que eu não me importava.
Porque o ódio que me atingiu naquele momento foi de proporções que eu mesma não posso explicar o que exatamente foi. Porque tudo que eu quero é, não só tirar essa história bem a limpo como quero silenciá-la de uma vez por todas com o que estiver ao meu alcance. Quanto mais eu penso nessa história, mais me enoja e mais eu percebo que há três anos atrás EU tinha razão ao pensar o que pensava. Alguém me ouviu? Foi o que eu pensei.

"Não a matei por não ter à mão ferro nem corda, pistola nem punhal; mas os olhos que lhe deitei, se pudessem matar, teriam suprido tudo."

sábado, 7 de março de 2009

Os olhos bastavam ao primeiro efeito.

O vento que entra pela janela não é suficiente pra varrer o que eu sinto. É forte, é demais, e é incontrolável. É algo que eu não consigo descrever em palavras, e nem poderia, porque elas não estão lá. "Palavras são erros e os erros são seus. Não quero lembrar que eu erro também.", mas será que são só as palavras que fazem isso ou a falta de?

O destino, como todos os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho. Eles chegam a seu tempo, até que o pano cai, apagam-se as luzes, e os espectadores vão dormir.

Havia alguma lei natural que exigia partes iguais de felicidade e miséria no mundo?

sexta-feira, 6 de março de 2009

"Ah...

- Foi minha resposta genial."

Precisei de muito tempo de reflexão interna e mais cinquenta minutos de uma aula de matemática para finalmnte perceber que eu estava mesmo me importando e me preocupando. Sim, eu já tinha visto muitas coisas na vida, mas nada se compara a isso tudo. É insano.
Ao contrário do que levei para tirar a conclusão, não precisei de mais do que cinco minutos para perceber que era muito errado. Já sofri muito e intensamente por alguém que nunca mereceu, e ver pessoas fazendo o mesmo sem que eu possa evitar é sufocante.

"Mas de repente percebi que não era com minha amiga que eu queria falar. Com quem eu precisava falar.
(...)
Senti certa nostalgia, aquela vontade de correr para o lugar e a pessoa que me abrigaram em minha noite mais escura."

"Sim, eu também sinto sua falta. Muito.
Isso não muda nada. Desculpe.
Jacob."

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Só um momento para olhar dentro de seus olhos

O vento que entra pela janela não é suficiente pra varrer o que eu sinto. É forte, é demais, e é incontrolável. É algo que eu não consigo descrever em palavras, e nem poderia, porque elas não estão lá. "Palavras são erros e os erros são seus. Não quero lembrar que eu erro também.", mas será que são só as palavras que fazem isso ou a falta de?

Eu fiquei bravo com o sol quando ele começou a nascer.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

You got to let me know.

Are we human? Or are we dancers?

É isso. Somos humanos ou somos dançarinos? Somos seres de livre escolha ou somos meras marionetes de outros? Isso me frustra, não há resposta. Ações. Palavras. Erros. Consequências. É sempre assim. As pessoas estão sempre pensando sobre o futuro, sobre suas carreiras, sobre seus amores. E estão quase sempre sentadas chorando e reclamando sem ao menos mexerem suas bundas pra resolver a coisa toda.

My sign is vital, but my hands are cold. And I'm on my knees looking for the answer. Are we human, or are we dancers?

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Só uma coisa me entristece...

O beijo de amor que não roubei. A jura secreta que não fiz.

A quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da Quaresma no calendário cristão ocidental. As cinzas que os cristãos católicos recebem neste dia é um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a passageira, transitória, efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte. Então é isso. Nascemos do pó e ao pó voltaremos então. É hora de começar a escrever um epitáfio!

Queria ter complicado menos, trabalhado menos, ter visto o sol se for.
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Dou esses versos...

... ao primeiro desocupado que os quiser.

Eu posso tentar. Mas entender os humanos? Nunca, jamais isso vai acontecer. Quando mais eu vejo, mais eu lembro de coisas minhas, mais eu lembro que assim como são as pessoas são as criaturas. Mas será? Será que ainda vale a pena mesmo com toda essa discordância entre nós? Feche bem a porta do seu quarto. E não abra. Porque, se abrir, pode ser que alguém entre e destrua seu pequeno mundinho e nós não queremos que isso aconteça, certo? Errado.
É mesmo! Se não conseguimos viver uma vida pela metade; vamos mesmo conseguir viver uma vida inteira?

Perde-se a vida, ganha-se a batalha!